terça-feira, agosto 28, 2007
Visgo e mel
Agora eu era toda desejo apertado no escuro.
Era grito estalado, no silêncio surdo entalado.
A coxa arrepiada e o mamilo apontado pra lá, onde mãos não tateiam nada.
O visgo secreto da amarula querendo ser torrente e sendo só discrição - aquela discrição timidamente safada que intro-metida no meio das pernas vaza.
O gemido sufocado, boiando no mar amorfo de vontades e vontades e vontades afogadas.
Um dia paro de escrever fumaça e rasgo logo o verbo.
Nada agora era fumaça: agora era tudo rim-pelve-veia-pêlo-poro-sangue-porra-visgo e mel.
Um dia, que vá tudo pro inferno e você será meu.
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2 comentários:
Imagem: "She", de Audrey Kawasaki.
o seu blog é foda demais (evidentemente, e literalmente).
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até está nos "favoritos" do meu próprio blog...
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mas sabe, eu suspeito que, enquanto e porque homem, não sou capaz de entender tudo o q vc escreve?
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beijos e paz.
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