Enquanto bolhas de sabão flutuam em minha direção pra contar segredos-ploc.
Bebo plancton azul e num instante sou toda azul.
Mastigo flores celofânicas, mergulho em plasma flúor, vivo e vibrante.
Viva e vibrante...
Minha nudez é envolta por mil vespas amarelas, que tecem para mim um trêmulo casulo de papel-cetim.
Engulo lulas e bailo em metamorfose tentacular.
Sou girino, sou o tule das bétulas, sou planária, sou peônia, sou gerânio,
Sou do-ré-mi-fá.
6 comentários:
Imagem: Lydia, de Audrey Kawasaki.
q viagem, deu pra sentir mto facil oq o texto diz
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gostei demais do "sou dó-ré-mi-fá". lembrou-me algo, vou deixar aqui de presente para ti:
"Acordei bemol,
tudo estava sustenido.
Sol fazia,
só não fazia sentido."
(Paulo `ai-que-inveja´ Leminski)
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não sei porque, mas isso é muito gostoso de ler.
vc me desculpa se eu ficar muda?
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Seus desejos femininos me fazem lembrar que sou mais primitiva do que essa moça que anda gostando de toalhinhas quadriculadas e sossego. Ainda assim, não resisto à paz.
precisamos de novos posts, poeta!
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