Quando a vejo, sinto pequeninos espasmos percorrerem apressados todo o corpo da minha alma.
O sorriso dela me mata. Eu ressuscito depois, mas por segundos estou morta. Morta parada impotente. Morta de frios. Morta de frios empoeirados que me sopram passados. Meus frios imaginários.
Percebi que a tristeza que me dá, é tristeza d’água. Não é tristeza de pedra quase raiva. É aquela que pinga, que enche, que transborda. E evapora sim, em seu tempo, no varal de dentro.
O que me desmancha não é ela. Mas é que ela encarna todo um passado que não pude ser. Ela é, para mim, a imagem de todas as outras elas. De todas as palavras que não pude escutar. De todos os lugares em que não estive, de todos aqueles sorrisos e caras de sono que não vi.
É que sinto meus olhos grávidos de amores e dores, insolúveis em lágrimas.
É que eu tenho cá dentro um amor tão grande, grande, que mesmo explodindo fora dos limites do meu corpo, quase que me sufoca!
É que eu quase me sinto ligada àqueles sorrisos e caras de sono por um fino fio brilho que nos sai do umbigo.
É que tenho vontade de lhes ser pão e mar. Passado e futuro. Talvez daí a minha urgência, da nostalgia de um passado já passado, do medo de um futuro ainda ausente.
3 comentários:
foda! e eu igual um bobo aqui procurando um nome, o seu ficou 10
;*
como eu diria a essa moça q ela não precisa temer esses temores e tremores?
como, se eu também sinto todas essas dores e ardores de não ter sido o passado e o futuro, mas só o presente q o tempo está sempre levando embora?
ahhh! quero mesmo é encher as mãos inseguras e os lábios e olhos indecisos com a certeza q o coração aqui bate com uma força estranha.
estranha por estranhar o passado q ele não conheceu e por temer o tempo q lhe consumirá...
suspiros de amores no tempo pra vc.
vc é linda tb quando fala de feridas. vc é potente tb quando fala de lágrimas. thai, vc é linda! :-)
Postar um comentário