Guardo em minhas mãos resquícios do cheiro de suas partes
Tenho a sensação de poder apreender com minhas mãos seu todo em partes
E enquanto quase dormia, sentir em meu corpo o reverberar de seus músculos a relaxar eu podia
O sono lhe pesava a pele e a consciência lhe esvaía
Evaporando-se por nossa cama a alma ía
Em silêncio sim.
Ao despertar-se, pesou-se sobre mim.
Em silêncio ainda assim.
Em súmula o ato
No corpo o peso, na alma o saltoChegando ao teto, exaurindo o espaço
Ao desfalecer-nos, me fita a leveza
Pairando fluida, com as leis da gravidade a brincar
Misteriosa me sorri, arregalando-se em beleza
Zombando de minhas palavras que não a poderão jamais tocar.
5 comentários:
Antonio Canova,
Eros e Psique
O título é inspirado no livro "A insustentável leveza do ser", de Milan Kundera, que por sinal tem me inspirado muito.
vc adora usar imagens que já usei, e nem sabe disso, né? e meu Deus, que texto lindo. o corpo pesa, a alma salta, ai ai, moça! :-)
que foda ;~
me ensina? x]
;*
no corpo o peso e na alma o salto...
gravidade...
nessas horas toda a rima se perdendo e a gente flutuando em trocas de coisas gostosas de amor...
q lindo me encontrar nesses versos!
Postar um comentário