terça-feira, março 27, 2007

Escuta o escuro do meu coração

Escuta, escuta o escuro do meu coração.
Bate, me bate calado, com força, apertado.
Escuta, escuta o escuro do meu coração.
Bate, me bate calado, com força, apertado.
Escuta, escuta o escuro do meu coração.
Bate, me bate calado, com força, apertado.
Escuta, escuta o escuro do meu coração.

Escuta o escuro do meu coração.
Escuta o escuro do meu coração.

segunda-feira, março 05, 2007

Delicadezas aquáticas


Em dias calados como este,
Sou a poeira que se levanta preguiçosa e quente do chão aguado pela chuva.
Sou a folha seca na areia,
A fruta vermelha da árvore retorcida,
A flor de um lilás delicado salpicada no mato.
Folhas, frutas e flores são mudas.
Sou a coruja-mistério que pia:
Ainda assim contraditória, de dia.
Outras vezes sou a barreira de algas moles e bailantes enraizadas no raso,
Impedindo um mergulho mais fundo.
Sou de tudo um pouco:
Alegria, esplendor, melancolia.
Hoje sou todas as coisas do mundo.